quinta-feira, 1 de abril de 2010

A PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL

A PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL
A intervenção psicopedagógica vem ocorrendo quando da dificuldade de aprendizagem. Diante do baixo desempenho acadêmico, alunos são encaminhados pelas escolas que freqüentam, com o objetivo de elucidar a causa de suas dificuldades. A questão fica, desde o princípio, centrada em quem aprende, ou melhor, em quem não aprende.
Diferente de estar com dificuldade, o aluno manifesta essas dificuldades revelando uma situação mais ampla, onde também se inscreve a escola parceira que é no processo de aprendizagem. A ampliação desta leitura através do aluno permite ao psicopedagogo abrir espaços para que se disponibilize recursos que façam frente aos desafios, isto é, na direção da efetivação da aprendizagem.
Esse é o papel do psicopedagogo nas instituições: olhar e escutar com detalhem numa relação de proximidade, porém não de cumplicidade.
Para que se possa captar a cena institucional do lugar mais próximo poss´vel, requer método, para não cair nas armadilhas d euma espécie de naturalismo onde tudo está bem só pelo fato de existir. É preciso que sejamos o mais concretos possíveis, para poder introduzir-nos na complicada justaposição dos fatos da vida institucional e em sua cultura, evitando as generalizações que podem ser de tom fortemente otimista ou pessimista.
A vida cotidiana das aulas segue sendo tão rotineira, compartimentada, isolada e aborrecida como sempre, com professores desorientados, angustiados por manter sua fonte de trabalho com alunos enfastiados frente a demandas escolares contraditórias à realidade sócio-cultural e econômica que vive fora da escola.
Nós, psicopedagogos, não podemos perder a oportunidade de interagir, pois nos deparamos a todo o momento com alunos perdidos no seu papel de criança e pessoa. Alunos que são frutos de uma geração que experimentou a repressão da sociedade familiar. Pais que abrem caminhos de seus filhos sem lhes dar as devidas direções, sem encontrar a medida certa entre o “sim” e o “não”.
A escola fica sobrecarregada, pois está sempre precisando rever com seus alunos, conceitos que antes eram fundamentais na família e que hoje deixaram de ser valorizados.
A escola tem que estar consciente de seus métodos, técnicas e arrebanhar pessoas, que além de estarem comprometidas com a educação, se permitem ousar, experimentar, investigar...
O respeito ao aluno deve ser nossa tônica, eles não são cobaias metodológicas e, sim, agentes de mudanças.
Proporcionar ao aluno poder olhar o mundo de forma questionadora é o nosso desafio.
Hoje, não se concebe mais um professor que finge que ensina, pois está negando a sua própria capacidade de conquistas e grandes descobertas.
É preciso que cada professor lute pelo resgate de seu papel social, descobrindo o que o faz ser diferente e mostrando para a sociedade, que a educação sempre foi a mola mestra para o desenvolvimento de um país.
A escola e o professor se misturam e formam um conjunto de pessoas envolvidas no processo social e que estão a favor da construção da cidadania com valores determinantes.
Toda queixa constitui em um sintoma. A função da Psicopedagogia Institucional é investigar a queixa. Entretanto, para tal fim, é necessário trabalhar com a pessoa do profissional que está atuando com indivíduos que não estão conseguindo aprender, que estão com dificuldades de aprender.
Para o psicopedagogo, a experiência de intervenção, juntamente com o professor, é um processo de parceria que possibilitará numa experiência importante e enriquecedora.
A orientação psicopedagógica para os professores poderá se dá através de reuniões com o grupo, o que propiciará a troca de informações, além de desafiar os professores nas descobertas de características específicas dos alunos com dificuldades, sobretudo nas possibilidades de aprendizagem.

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